O outono me pega desapegada, deixando atrás palavras que prefiro já não usar.
Soltando ideias velhas, pinturas que não fiz.
Viagens e planos postergados, mudados, adiados.
O outono me faz ver as sobras, o que ficou pendente, ardente, serpentes.
O outono me mostra que está perto o fim, que estou no clímax da
historia, que é o tempo de abrir mão, de fechar coisas e desencanar de
outras.
O outono é pra deixar ir embora (adoro a palavra ir embora)
Mas o outono também é pra criar e meditar: criar espaços, abrir buracos, arrumar o cantinho.
Separar o fruto maduro para passar o inverno.
O outono é pra ser o que é, mais uma fase do ciclo sem fim.
Época de folhas amarelas, de veredas crocantes, de ventos e de chuvas.
Época de voltar pra casa.
De voltar a me ver.
a me olhar
de abraçar as sombras
de me despir.
de abraçá-las
e voltar a ser Eu.
[Juliaro Deco]
Soltando ideias velhas, pinturas que não fiz.
Viagens e planos postergados, mudados, adiados.
O outono me faz ver as sobras, o que ficou pendente, ardente, serpentes.
O outono me mostra que está perto o fim, que estou no clímax da
historia, que é o tempo de abrir mão, de fechar coisas e desencanar de
outras.
O outono é pra deixar ir embora (adoro a palavra ir embora)
Mas o outono também é pra criar e meditar: criar espaços, abrir buracos, arrumar o cantinho.
Separar o fruto maduro para passar o inverno.
O outono é pra ser o que é, mais uma fase do ciclo sem fim.
Época de folhas amarelas, de veredas crocantes, de ventos e de chuvas.
Época de voltar pra casa.
De voltar a me ver.
a me olhar
de abraçar as sombras
de me despir.
de abraçá-las
e voltar a ser Eu.
[Juliaro Deco]